Pode perguntar!

segunda-feira, 30 de março de 2015

Abaya e Vestimentas

Antes de falar sobre a Grande Mesquita, achei importante fazer um post sobre a abaya.
Esse assunto sempre surge quando falo que vou me mudar pro Oriente Médio. Achei que vocês vendo minhas fotos na mesquita de abaya, ia rolar uma confusão. Sempre me perguntam: Você vai ter que usar burca?  E essa foi uma das perguntas que me fiz também. Então, assim que ficamos sabendo da possibilidade de nos mudarmos pra lá fomos investigar tudo na internet.


Bom, segundo a Wikipedia, "burca é uma veste feminina que cobre todo o corpo, até o rosto e os olhos, porém nos olhos há uma rede para se poder enxergar. É usada pelas mulheres do Afeganistão e do Paquistão, em áreas próximas à fronteira com o Afeganistão. Ela é um símbolo do Talibã."

Como não vou morar nesses países, não vou ter que usar burca. Grazadeus! Lá no Bahrain eu nunca vi uma mulher usando burca dessas de redinha nos olhos. Mas por ser um país muçulmano, a maioria das mulheres, apesar de não serem obrigadas pela lei do país, usam a abaya, em sua maioria cobrindo o cabelo com um véu (hijab). Conheci mulheres árabes que se vestem normalmente como nós de saia jeans e havaianas e sem nada na cabeça. É um país livre quanto à isso. Vocês podem ver nas minhas fotos ao longo dos posts, que estou me vestindo como me visto aqui no Brasil. O único momento que fui obrigada a usar a abaya, foi quando eu fui visitar a mesquita, o que eu achei bem legal!

Mas o que afinal é a abaya? A abaya é um vestidão com manga cumprida que vai até o chão. Existem milhões de tipo de abayas diferentes! Lindas! Bordadas, com strass svarowiski colados, de ceda, mais justas, mais rodadas, com bordados em ouro, com detalhes em outras cores e até mesmo coloridas. E elas tem váaarios estilos diferentes em como prender o lenço (hijab) na cabeça e vários apetrechos para deixar eles mais bonitos. Quando eu estiver por lá vou tentar pesquisar mais afundo sobre isso.

Eu fui comprar uma abaya e seus apetrechos, pois eu vou ter que chegar por lá pela a Arábia Saudita. Nesse país eles obrigam as mulheres (não importa nacionalidade nem religião) a usarem a abaya. 

Você não é obrigada a usar o lenço na cabeça, mas existe uma "patrulha da cultura" que pode olhar pra você e achar que você está distraindo muito os homens e pedir pra você colocar um lenço na cabeça. Então já acho mais fácil ir com o lenço para não ter que passar por essa situação. Os homens podem se vestir como quiserem sempre. Eles não distraem ninguém. Hahaha.

No interior da Arábia Saudita, as mulheres são obrigadas a usarem toda a vestimenta, que é composta pela abaya, o hijab e o niqab. Eu não vou precisar me vestir assim! 
Quer saber mais sobre isso vai no blog da Débora, uma brasileira que mora lá por aquelas bandas e tem posts mais completos e com mais propriedade que o meu. Aprendi muito com ela!




Então fui comprar já minha abaya pra chegar lá no esquema. 





Você não pode usar só a abaya, é preciso ter uma roupa por baixo, eu não sabia disso e achei muito interessante. Me fez eu colocar sentido em todas aquelas lojas caríssimas que vi lá no shopping. Passando pela Carolina Herrera, Tory Burch, Chanel eu só pensava: como essas lojas sobrevivem se elas só usam essa tal dessa abaya pra sair de casa? Descobri que elas tem que usar uma roupa por baixo e que quando só estão as mulheres, elas exibem as roupichas lindas uma para as outras. Elas são super ligadas em moda, ficava reparando nos sapatos maravilhosos, nas sacolas de compra, nas maquiagens impecáveis e no cheiro maravilhoso que elas sempre exalavam. 

Fiquei me perguntando por que tem que ser preta, e tem várias histórias, uma delas é que rolou uma guerra há anos e anos atrás, no início e as mulheres só que sobraram e ficaram de luto pra sempre. Outros dizem que o fato das abayas serem pretas é puramente cultural. Não há nada no texto que diga que a vestimenta tem que ser preta.

Eu particularmente, não acho o uso da abaya uma coisa ruim, é só bem diferente do que estou acostumada, e isso dá um susto na gente. Um dia, lá no Bahrain, eu tive que acordar cedo e ir ao mercado comprar nosso café da manhã. Meu cabelo estava indomável e estava com MUITA preguiça de tirar o pijama e pensei: Se eu tivesse uma abaya e um lenço agora eu iria assim mesmo pro mercado. Gente, tem coisa mais prática? hahaha. Por isso antes de achar que elas sofrem usando essas roupas, reflita na praticidade. Só fico mesmo com medo da época do calor, mas até isso a abaya pode ser útil e protejer sua pele do sol escaldante.

Se tiverem mais dúvidas sobre a abaya e outras vestimentas, é só falar!
Perguntas culturais eu adoro responder! haha

sexta-feira, 27 de março de 2015

Bahrain - primeira visita

Oi amigos,

Antes de tudo, viram o vídeo que coloquei no último post?
Sim! Ótimo, pode continuar a e ler. Não? Clica aqui e vai lá.

Como eu disse no vídeo, fui para o Bahrain como o principal objetivo de fazer uma visita para o meu marido amado, de quem eu estava com muita saudade e dois meses sem ver. Felipe não mora no Bahrain ainda, ele mora na Arábia Saudita na casa da empresa, e continuará lá até eu ir. Eu não fui pra casa dele na Arábia Saudita por vários motivos, mas o principal dele, é que eu não tenho o visto, pois se eu o tivesse não estaria ainda aqui no Brasil. Sim. É esse bendito visto que estamos esperando.

Mas vamos ao que interessa: minhas impressões do Bahrain.

Cheguei ao Bahrain umas 20h de uma quarta-feira. Fui colocada de lado um pouquinho na imigração, e um moço me passou para um outro moço jovem que falava inglês e me perguntou o que eu estava fazendo ali, no que eu trabalhava, por quanto tempo eu iria ficar e respondi tudo falando a verdade. Ai ele foi lá conversar com um árabe mais velho que ligou pra alguém e ficou falando com esse álguem sobre mim. Sabia que era sobre mim por que ele falava essas palavras de vez em quando: "latinas", "wedding photographer", "brazil". Fiquei tensa, mas deu tudo certo. Você tem que pagar 70 dólares para seu visto (de 15 dias, depois pode renovar se quiser) ali no guichê da alfândega mesmo.

Para minha surpresa, Felipe estava me esperando! Não pude agarrar muito ele, porque eles não gostam muito que as pessoas se agarrem, mas agarrei um mucadinho. hihi. Comprei meu chip da Viva (lá é Viva e não Vivo. haha) por 5BDs (13 dólares),  com 5GB de internet e minutos free para o mês. Aluguei um carrinho também, esse foi 14 dólares a diária, não tem como você fazer muita coisa sem carro no Bahrain. #ficadica

Lá as pessoas não usam o Waze (aplicativo de mapa mega popular aqui no Brasil que a gente usa muito), que é um app colaborativo, então nos perdemos um pouco para achar o nosso hotel desse fim de semana, mas achamos. Era meio pobrinho o hotel, mas achei o custo benefício ok. Hotéis no Golfo são bem salgados. Quando vocês forem, fiquem na minha casinha!

Tomei um banho e fomos jantar em um restaurante meio americano por falta de tempo e sobra de fome pra procurar algo melhor. Felipe pediu uma cerveja, ribs e eu uma salada. Obs: Depois de dois dias comendo lá nos demos conta que poderíamos pedir sempre um prato para nós dois. Lá as porções são bem generosas, pelo menos pra gente.

No dia seguinte, Felipe voltou pra Saudi (Arabia Saudita) para trabalhar e eu fui tomar um brunch e explorar a cidade. Coisas que me chamaram muito atenção de cara: o trânsito é pior do que todos os trânsitos que um dia eu dirigi. As pessoas dirigem wild por lá. E eles param nas vagas como se não existissem aquelas marcações no chão. Várias vezes encontramos um carro ocupando duas ou três vagas e eu e Felipe toda hora apontávamos para essa aberração! haha! Vagas são coisas tão valiosas, amigos árabes!

Outra coisa que me chamou muito atenção, é claro, foram as roupas. Não adianta ver fotos, ou ver uma ou duas pessoas vestidas desse jeito, você irá sentir um baque quando você for ver pela primeira vez 70% das pessoas no shopping vestidas de vestidos, sejam homens ou mulheres. As mulheres com as abayas (em breve um post sobre abayas), pretas umas de lenços na cabeça e outras sem, umas tapando só o cabelo e outras o rosto inteiro. Os homens com vestidos branco, sandálias e um lenço muito legal na cabeça (Felipe com ele na foto ao lado). Não conseguia parar de olhar e eles também olhavam muito pra mim.

As pessoas são simpáticas, não tive problema de interação com eles. Felipe falou que em Saudi não é bem assim. Acho que é porque no Bahrain tem muitos estrangeiros, aí eles ficam menos fechadões.
Mas de qualquer forma, a não ser que você tenha amigos árabes, temos muito pouco contato com eles. Todas as pessoas empregadas de lojas e restaurantes ou são filipinas ou indianas. Muito difícil achar um árabe trabalhando nessas áreas.

A terceira coisa que me chamou atenção foi o clima. Estava delicioso, fresquinho, ventinho, as vezes ventanias de não conseguir andar direito, mas muito agradável, apesar de SUPER seco. Fiquei muito grata a Deus por não ter ido no verão, onde segundo a Carol (minha amiga que mora lá) é muito pior do que do Brasil, coisa que é difícil de se imaginar. Vão me visitar de Dezembro a Maio, minha gente! Depois disso Dante chega. #ficaadica2

Felipe chegou bem tarde da noite para o nosso fim de semana. Lá o fim de semana começa na quinta e acaba no sábado. Domingo é segunda. Mega estranho isso, mas continuando... Fomos jantar em um restaurante delícia, mas como já era 23h, tivemos que ir no shopping mesmo. Mas o jantar estava muito bom. Já peço aqui desculpas, mas vou ficar falando de comida muitas vezes, por que é uma das coisas que eu mais amo em conhecer quando eu estou em outro país, onde mais gasto meu dinheiro e onde sou mais feliz e lá a comida era simplesmente MARAVILHOSA. Vale a pena morar lá só por isso. Hahaha. Nesse dia eu comi um cordeiro com arroz e um molho de iogurte com pepino delicioso. Aguando só de lembrar.

Nesse fim de semana conhecemos praticamente todos os pontos turísticos do Bahrain! haha! Fomos ao Museu do Bahrain, super interessante, conta um pouco a história do país e os costumes. Ele é bem modernoso e tem tem uma vista linda pro mar e pro skyline da cidade. Custa 1BD (R$8,60) por pessoa.



Depois fomos em uma fortaleza muito linda, Qal'at al Bahrain, construída pelos portugueses no século 13! Minha dica é ir no horário do pôr do sol, por que ai você pega a luz do dia e a iluminação da noite que também fica lindona! É de grátis!



Essa foi a nossa sexta.

No sábado, acordamos cedo e tomamos café num lugar delicioso, chamado Passion que fica em Adhlia, onde tem vários restaurantes bacanudos e uma ruazinha cheia de street arts. O Felipe pediu Humus com carne, não cansamos de Humus. Never. Poderia comer isso em todas as refeições do dia. Eu pedi pancakes mesmo, mas gostei mais do pedido dele.



De lá fomos na grande mesquita. E com essa informação eu paro por aqui esse post, por que ela merece um só pra ela.

Aguardem!
;)









segunda-feira, 23 de março de 2015

Sobre perguntar

Alguns esclarecimentos...

Espero que vocês me compreendam no amor! <3 p="">