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quarta-feira, 1 de abril de 2015

A Grande Mesquita


Não sei quanto a você, mas eu quando estou em outro país, fico muito interessada em aprender sobre os costumes e cultura dele. Gosto de saber o que as pessoas comem, como elas vivem no dia a dia e como elas se relacionam. Acho que assim aprendo mais sobre o ser humano, diminuo muito meus preconceitos e me torno uma pessoa mais compreensiva e mais aberta ao novo e ao diferente.

Quando se trata de um país bem diferente da nossa realidade, essa minha curiosidade é multiplicada. Fico querendo muito ter um amigo local para poder tirar todas as minhas dúvidas. Acho que é por isso que gosto tanto da ideia de morar em outro país e poder criar meus filhos em outros ambientes.

Ter ido à mesquita foi um dos pontos mais altos da viagem. Aprendi muito sobre a religião e a cultura muçulmana em menos duas horas. Se você for em algum país muçulmano algum dia, vai por mim, não perca essa oportunidade. Não fui quando estava no Senegal, e me arrependo.

Não tenho certeza disso, mas parece que todo país muçulmano tem uma Grande Mesquita. A maior do país. A do Bahrain é a Al Fateh, que é o nome do sheik gente boa que doou uns milhõeszinhos para que ela fosse construída. Ela é uma mesquita nova, tem 30 anos e cada coisa da construção dela, veio de um país. Os mármores vieram da Itália, os tapetes da Turquia, os lustres da França e assim vai.


A mesquita é toda iluminada por esses lustres de bolinhas, que segundo eles, é para fazer referência às pérolas que por muitos anos foi o meio de sustento dos pescadores do Bahrain. Dizem que as mais bonitas são de lá. E fora o lustre imenso que tem no centro na mesquita todo em Svarowisk. É muito lindo.

Felipe diz que eu coloco muita expectativa em cima das pessoas quando eu falo de uma comida que eu gosto muito (no caso o risoto de limão siciliano delicioso que ele faz) e dos lugares que eu vou, mas não consigo não manifestar meu encantamento. É uma coisa muito maravilhosa, que é meio impossível passar por fotos e muito menos por palavras tamanha a beleza da arquitetura e da riqueza do lugar.

A entrada na mesquita é gratuita e todas as pessoas que trabalham lá são voluntárias. Desde a moça da recepção até os guias. Todos muito simpáticos. Quando você chega lá, você é solicitado a colocar as vestimentas tradicionais, tanto mulheres quanto os homens e temos que entrar descalços. Tem voluntários também para te ajudar nisso.


Depois você espera um pouquinho até o seu guia vir e começar o tour explicativo, ele fala sobre a história da mesquita, sobre a religião, e passo a passo de como eles fazem as 5 orações diárias e tira toda e qualquer dúvida que você tiver e quanto mais dúvida você tiver, melhor pra você por que você vai saber mais coisas. haha.

Achei tudo lindo. A devoção que eles têm a Deus, o cuidado com o templo com a busca da paz interior e com a comunicação com o divino. Como disse, são 5 orações diárias que são feitas em horários específicos de acordo com a movimentação do sol. Você tem entre um horário e outro para fazer sua oração, que deve ser em direção à Meca (cidade da Arábia Saudita que tem uma tal de caixa preta importante, não entendi muito bem essa parte), e é a direção que o templo da mesquita também foi construída. Você deve estar bem limpo antes de começar a orar. Por isso tem banheiros com lavatórios em vários lugares por lá. Tem todo um procedimento de lavagem e de oração, que no caso são várias posturas de yoga e alguns dizeres cantados do Alcorão que você tem que repetir em cada postura. O nosso guia entoou lá pra gente e eu me emocionei. Resumindo orar é ótimo: você fica limpinho, se exercita e fala com Deus 5 vezes ao dia no mínimo. haha.


Depois de todas as explicações o guia deixa a gente tirar fotos. Se tiver em horário de oração eles não permitem você tirar foto das pessoas orando (o que pra mim seria muito tentador).


Ao sair você pode pegar um Alcorão lindão para você totalmente free. ;)

É imperdível visitar a Grande Mesquita. Só digo isso.











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